Se outubro é o mês pela prevenção do câncer de mama, representado pela cor rosa, e novembro é pela prevenção do câncer de próstata, com a cor azul, em setembro foi adotada a cor amarela para representar o movimento mundial para conscientizar a população sobre a realidade do suicídio e mostrar que existe prevenção em mais de 90% dos casos, segundo a Organização Mundial da Saúde.
 
O suicídio é considerado um problema de saúde pública e mata 1 brasileiro a cada 45 minutos e 1 pessoa a cada 45 segundos em todo o mundo. Pelos números oficiais, são 32 brasileiros mortos por dia, taxa superior às vítimas da AIDS e da maioria dos tipos de câncer. Pelo menos o triplo de pessoas tentaram tirar a própria vida e outras chegaram a pensar em suicídio. Apesar de números tão alarmantes, o assunto ainda é tratado como tabu. Evita-se o tema, o que só colabora para o aumento de casos, pois as pessoas muitas vezes não sabem que podem procurar ajuda.
 
Mas como buscar ajuda se sequer a pessoa sabe que ela pode ser ajudada e que o que ela passa naquele momento é mais comum do que se divulga e ela imagina? Ao mesmo tempo, como é possível oferecer ajuda a um amigo ou parente se também não sabemos identificar os sinais e muito menos temos familiaridade com a abordagem mais adequada?
 
O câncer, a AIDS e demais doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), há duas ou três décadas, eram rodeadas de tabus e víamos o número de suas vítimas aumentando. Foi necessário o esforço coletivo, políticas públicas e organizações engajadas para quebrar esses tabus e falar sobre o assunto, esclarecendo, conscientizando e estimulando a prevenção para reverter o cenário.
 
Por essa razão, o CVV – Centro de Valorização da Vida, uma entidade sem fins lucrativos que atua gratuitamente na prevenção do suicídio desde 1962, está engajada e promovendo atividades no mês de setembro, chamado desde 2015 de Setembro Amarelo. A ideia é divulgar a causa intensamente durante o mês, já que no dia 10 é celebrado o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.